segunda-feira, 19 de abril de 2010

DIABETES







O que é?

A diabetes é uma doença crónica caracterizada pelo aumento dos níveis de açúcar (glucose) no sangue. À quantidade de glucose no sangue, chama-se glicemia. Ao aumento da glicemia, chama-se: hiperglicemia.
A Diabetes é uma situação muito frequente na nossa sociedade e a sua frequência aumenta muito com a idade, atingindo os 2 sexos. Em Portugal, calcula-se que existam entre 400 a 500 mil pessoas com Diabetes.


As causas da diabetes

A diabetes é uma doença que resulta de uma deficiente capacidade de utilização pelo nosso organismo da nossa principal fonte de energia – a glucose. Muitos dos alimentos que ingerimos são transformados em glucose no nosso aparelho digestivo. Ela resulta da digestão e transformação dos amidos e dos açúcares da nossa alimentação. Depois de absorvida, entra na circulação sanguínea e está disponível para as células a utilizarem.
Para que a glucose possa ser utilizada como fonte de energia, é necessária a insulina.
A hiperglicemia (açúcar elevado no sangue) que existe na Diabetes, deve-se em alguns casos à insuficiente produção, noutros à insuficiente acção da insulina e, frequentemente, à combinação destes dois factores.
Se a glucose não for utilizada, acumula-se no sangue (hiperglicemia) sendo depois, expelida pela urina.
A insulina é produzida nas células ß dos ilhéus de Langerhans do pâncreas. O pâncreas é um órgão que está junto ao estômago e fabrica muitas substâncias, entre elas a insulina. A insulina é fundamental para a vida. A sua falta ou a insuficiência da sua acção leva a alterações muito importantes no aproveitamento dos açúcares, das gorduras e das proteínas que são a base de toda a nossa alimentação e constituem as fontes de energia do nosso organismo.
Existem vários tipos de Diabetes mas, de longe, a mais frequente (90% dos casos) é a chamada Diabetes Tipo 2.


O que é a diabetes de tipo 2

A Diabetes Tipo 2 também conhecida como Diabetes Não-Insulino Dependente, ocorre em indivíduos que herdaram uma tendência para a Diabetes (têm, frequentemente, um familiar próximo com a doença: pais, tios, ou avós) e que, devido a hábitos de vida e de alimentação errados e por vezes ao “stress”, vêm a sofrer de Diabetes quando adultos. Quase sempre têm peso excessivo e em alguns casos são mesmo obesos, sobretudo “têm barriga”. Fazem pouco exercício físico e consomem calorias em doces e/ou gorduras em excesso, para aquilo que o organismo gasta na actividade física. Têm, com frequência, a tensão arterial elevada (hipertensão arterial) e por vezes “gorduras” (colesterol ou triglicéridos) a mais no sangue (hiperlipidemia).
Na diabetes tipo 2 o pâncreas é capaz de produzir insulina. Contudo, a alimentação incorrecta e a vida sedentária, com pouco ou nenhum exercício físico, tornam o organismo resistente à acção da insulina (insulinorresistência), obrigando o pâncreas a trabalhar mais (e mais), até que a insulina que produz deixa de ser suficiente. Nessa altura surge a Diabetes.
O excesso de peso e a obesidade estão intimamente relacionados com a diabetes. A redução do peso contribui, nestas situações, de uma forma muito sensível para o controlo da glicemia. Mesmo uma pequena diminuição do peso tem reflexos benéficos na glicemia.
As pessoas com diabetes tipo 2 têm frequentemente insulinorresistência. O excesso de gordura, sobretudo abdominal, contribui para esta insulinorresistência e, consequentemente, para o aumento da glicemia.


O que é a diabetes de tipo 1

A Diabetes Tipo 1, também conhecida como Diabetes Insulino-Dependente é mais rara (a sua forma juvenil não chega a 10% do total) e atinge na maioria das vezes crianças ou jovens, podendo também aparecer em adultos e até em idosos. Na Diabetes do Tipo 1, as células ß do pâncreas deixam de produzir insulina pois existe uma destruição maciça destas células produtoras de insulina. As causas da diabetes tipo 1 não são, ainda, plenamente conhecidas. Contudo, sabe-se que é o próprio sistema de defesa do organismo (sistema imunitário) da pessoa com Diabetes, que ataca e destrói as suas células b.
Estas pessoas com Diabetes necessitam de terapêutica com insulina para toda a vida porque o pâncreas deixa de a poder fabricar. A causa desta Diabetes do tipo 1 é, pois, a falta de insulina e não está directamente relacionada com hábitos de vida ou de alimentação errados, ao contrário do que acontece na diabetes Tipo 2.
A diabetes que aparece na gravidez:



Diabetes gestacional

Existe, ainda, a Diabetes que ocorre durante a gravidez: a Diabetes Gestacional. Esta forma de diabetes surge em grávidas que não tinham Diabetes antes da gravidez e, habitualmente, desaparece quando esta termina.
Contudo, quase metade destas grávidas com Diabetes virão a ser, mais tarde, pessoas com Diabetes do tipo 2 se não forem tomadas medidas de prevenção.
A Diabetes Gestacional ocorre em cerca de 1 em cada 20 grávidas e, se não for detectada através de análises e a hiperglicemia corrigida com dieta e, por vezes com insulina, a gravidez pode complicar-se para a mãe e para a criança. São vulgares os bebés com mais de 4 Kg à nascença e a necessidade de cesariana na altura do parto. Podem, por exemplo ocorrer abortos espontâneos.


Outros tipos de diabetes

Existem outros tipos de diabetes que não tipo 1 ou 2. Por exemplo a diabetes tipo MODY (Maturity-Onset Diabetes of the Young) que afecta adultos jovens mas também adolescentes e crianças. Apresentam-se com características de diabetes tipo 2 e são causadas por uma mutação genética que leva a uma alteração da tolerância à glucose. São situações muito raras.


Outras causas de diabetes

Há outras causas bastante mais raras de Diabetes como por exemplo, doenças do pâncreas como alguns tumores e a pancreatite provocada pelo álcool.


Os sintomas

Quando a glicemia é muito elevada, podem existir sintomas típicos.

Sintomas típicos
Urinar em grande quantidade e mais vezes - POLIÚRIA
Sede constante e intensa - POLIDÍPSIA
Fome constante e difícil de saciar - POLIFAGIA
Sensação de boca seca - XEROSTOMIA
Fadiga
Comichão (prurido) no corpo (sobretudo ao nível dos orgão genitais)
Visão turva



Sintomas na criança e no jovem

Quase sempre na criança e nos jovens a diabetes é do tipo 1 e aparece de maneira súbita e os sintomas são muito nítidos.

Sintomas na criança e jovens
Urinar muito (por vezes, pode voltar a urinar na cama)
Ter muita sede
Emagrecer rapidamente
Grande fadiga com dores musculares
«Comer muito sem nada aproveitar»
Dores de cabeça, náuseas e vómitos


Quaisquer dos outros sintomas já atrás referidos podem também estar presentes.
Perante estes sintomas, o diagnóstico de Diabetes deve ser rápido, seguido do início do tratamento com insulina pois, se o não fizer, a pessoa com Diabetes entra em Coma Diabético e corre perigo de vida.



Sintomas do adulto

A grande maioria dos adultos com Diabetes após os 35 anos são do tipo 2. No adulto é habitual a Diabetes não dar sintomas no seu início e, por isso, pode passar despercebida durante anos. O sintomas só aparecem quando a glicemia está muito elevada e, habitualmente, de modo mais lento que na criança ou jovem.
Contudo, o açúcar elevado vai provocando os seus estragos mesmo sem se dar por isso. E é essa a razão pela qual, às vezes, já podem existir complicações (nos olhos, por exemplo) quando se descobre a diabetes.
Uma pessoa pode ter uma Diabetes, impropriamente chamada, “ligeira”, a qual só é descoberta ao realizar uma análise de sangue ou ao apresentar alguns dos sintomas pouco marcados já referidos e que levam à suspeita do diagnóstico.


Quem está em risco de se tornar uma pessoa com Diabetes

A Diabetes tem vindo a aumentar assustadoramente. É uma doença em expansão nos países em desenvolvimento que atinge cada vez mais pessoas e cada vez mais em idades mais jovens.
Sabe-se, contudo, que têm mais probabilidade de virem a ser pessoas com Diabetes.

Factores de Risco
As pessoas que têm familiares próximos com Diabetes
Os obesos ou todos os que se deixam engordar, sobretudo na “barriga”
Quem tem a tensão arterial alta ou níveis elevados no sangue de colesterol
As mulheres que tiveram diabetes na gravidez ou filhos com peso à nascença igual ou superior a 4Kgs
Os doentes com doenças do pâncreas ou doenças endócrinas

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Calendarizações- 2º e 3º Períodos




PRECONCEITO contra os seropositivos


Apesar do que muitas e muitas pessoas ainda possam pensar o vírus da Sida não se transmite de qualquer forma, é possível conviver com indivíduos infectados sem contrair a doença. Desde que não ocorra contacto com sangue, esperma, fluidos vaginais ou leite materno as relações sociais podem decorrer normalmente.

A sida transmite-se principalmente se estiver em contacto com o sangue de uma pessoa infectada !


NÃO TENHA PRECONCEITOS relativamente aos seropositivos.


A sida não se transmite através:


- Do ar
- alimentos
-água
-picadas de insectos
-louça, talheres
-sanitas
-urina
-suor
-lágrimas
- fezes
- saliva
-secreções nasais
-vómitos
-beijos
-apertos de mão
-abraços

...

Vida Saudável



1. Alimentação adequada com maior quantidade de frutas, verduras, alimentos integrais e ao mesmo tempo com menor consumo de derivados de animais como a carne vermelha, embutidos e os enlatados.

2. Habitue-se a comer bem devagar, mastigar bastante (mais de 20 vezes), fique tranqüilo e relaxado, evite falar de problemas (negócios, família, emoções), concentre-se nos alimentos, no Sabor, na Textura, na Cor, aproveite a refeição para se Nutrir e não apenas para se encher de comida.

3. Procure se alimentar pelo menos 03 (três) vezes ao dia, não fique muito tempo sem comer. O café da manhã é muito importante pois é a primeira refeição do dia, não saia de casa em jejum.

4. A Pratica de alguma atividade física é de fundamental importância para uma vida saudável, não importa o tipo de atividade, o importante é que se movimente o corpo regularmente, dentro de sua capacidade, a caminhada é um dos mais praticados no mundo todo, mas pode ser uma dança, natação, ioga, tai-chi, tênis, musculação. Mas, sempre faça uma avaliação médica antes de iniciar qualquer tipo de atividade.

5. Habitue-se a beber água regularmente, em torno de 08 (oito) copos ao dia, mas procure tomar pequenas quantidades durante o dia todo e não grande quantidade em poucas vezes.

6. Evitar andar descalço em pisos frios e úmidos. Evitar exposição constante em mudanças de temperatura, como o Ar Condicionado e o ambiente externo, evitar ficar em frente de porta de Geladeira ou do Freezer quando está trabalhando com calor (cozinha).





7. Evitar dizer SIM quando a sua Mente quer dizer NÃO, pois isto ocasiona Transtornos Emocionais e por causa disto podem ocorrer ao longo do tempo diversos sintomas de doenças como, cefaléia, tontura, gastrite, redução e/ou aumento do apetite, alteração da pressão arterial insônia ou mesmo sonolência.

8. Evitar e/ou diminuir o uso de Açúcar Branco, Farinha Refinada, Sal Refinado e Leite de Vaca.

9. Evite os vícios (Cigarro, Álcool, Gula, Drogas, Automedicação).

10. Evitar a promiscuidade sexual, evite relação sexual sem o uso da camisinha (preservativo).




11. Procure fazer a manutenção da saúde e não apenas o tratamento da doença (a prevenção é fundamental).

12. Consulte o seu médico regularmente, faça perguntas sobre suas dúvidas sobre saúde e prevenção e siga as orientações recebidas.

13. No período Pré-Mentrual (se tiver TPM), evite o uso do sal durante 07 (sete) dias antes da menstruação.

14. Sempre que possível faça uma inspiração profunda pelas narinas e expiração pela boca várias vezes ao dia.

15. Deite-se por alguns minutos (03 a 05 minutos) a cada 03 horas, isto preserva a Função Circulatória e ao mesmo tempo proporciona a recuperação da Hidratação do Disco Intervertebral, beneficiando com isto a coluna vertebral, evitando os problemas de dor na coluna, ou mesmo aliviando as dores que já existem.

16. Evitar se virar bruscamente para pegar objetos no banco traseiro do carro, pois este movimento pode ocasionar problemas na coluna.

17. Evitar dobrar a coluna com a perna estendida para pegar objetos do chão, procure flexionar (dobrar) os joelhos para isto.

18. Evite assistir a televisão deitado, pois isto ocasiona vícios postu-rais na coluna, com vários sintomas como cefaléia, cervicalgia, ton-turas, dores nos ombros e nos braços, etc.



19. Procure viver o dia de Hoje, o Presente, não viva do Passado ou somente no Futuro. A vida se vive a cada momento, a cada instante que passa, portanto aproveite e viva intensamente o Agora.

20. O segredo de ser feliz é descobrir que felicidade eterna não exis-te, portanto devemos viver os momentos felizes intensamente. Aproveite cada segundo, cada minuto ou hora de felicidade, pois são instantes de prazer, que nunca mais retornarão.

21. O segredo da felicidade é Escolher a Comédia e largar odrama em nossa vida diária. Aproveite os momentos de alegria.

22. Evite a Emoção Reprimida, o Rancor, a Raiva, as Mágoas, pois isto ocasiona acúmulo de Energias Negativas que serão eliminadas como sintomas de doenças como Cefaléia, Tonturas, Gastrite, Gula, Diarréia, Cólicas, Insônia, Sonolência, Hipertensão Arterial, Infarto do Coração, Doenças de Pele, etc.

TODOS DEVEMOS FAZER O TESTE DE HIV !




O que é a SIDA?

A sida (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida) é uma doença não hereditária causada pelo vírus da imunodeficiência humana (VIH) que enfraquece o sistema imunitário do nosso organismo, destruindo a capacidade de defesa em relação a muitas doenças.

A transmissão pode acontecer de três formas: relações sexuais; contacto com sangue infectado; de mãe para filho, durante a gravidez ou o parto e pela amamentação.



QUEM DEVE FAZER O TESTE DE HIV ???

TODOS DEVEM FAZER O TESTE !



É importante fazer o teste de diagnóstico sempre que se tem dúvidas sobre a possibilidade de estar infectado pelo VIH ou se pensa engravidar e se:

•Teve relações sexuais sem preservativo;

•Houve partilha de seringas, agulhas ou outro material na injecção de drogas;

•Fez uma tatuagem ou um piercing e o material não estava devidamente desinfectado;

•Teve contacto directo com o sangue de outra pessoa;

•Pensa engravidar ou se está grávida.

Porquê fazer o teste?


Se o resultado for positivo, pode ter acesso aos cuidados de saúde apropriados e iniciar o tratamento o mais cedo possível. Deste modo, a evolução da doença é retardada.
Por outro lado, saber que está infectado é razão para evitar a transmissão a outras pessoas, adoptando comportamentos preventivos.

PROTEGE-TE A TI DE FORMA MAIS EFICAZ, das doenças oportunistas.

Em caso de gravidez, pode-se diminuir muitíssimo o risco de transmissão do vírus da mãe para o filho.

terça-feira, 13 de abril de 2010

Artigo sobre a Vacina do Colon do Útero


Intervenção do Ministro da Saúde na apresentação do relatório da vacina contra o cancro do colo do útero - 10.12.2007.




É com grande prazer que, no passado dia 6 de Novembro, o Primeiro-Ministro, José Sócrates, anunciou que o orçamento de 2008 contemplará, para além de outros importantes programas, um novo programa para o Serviço Nacional de Saúde. Diz respeito à vacina contra o cancro do colo do útero. Decorrido um mês desde a apresentação do programa, estamos em condições de garantir que, a partir de Setembro do próximo ano, a vacina será integrada no Serviço Nacional de Saúde, assegurando que o acesso de todas as jovens à vacina contra o cancro do colo do útero não dependerá das condições económicas das respectivas famílias.

Hoje apresentamos a proposta preparada pela Direcção-Geral da Saúde e pela Comissão Técnica de Vacinação acerca da Estratégia que deverá ser aplicada à vacina contra o Vírus do Papiloma Humano (VPH). O Governo, pelo Ministério da Saúde, mais uma vez coloca-se na frente de luta contra os problemas e as assimetrias sociais que, infelizmente, ainda persistem no nosso país, agindo em prol da saúde pública, principalmente da população que vive em condições mais desfavorecidas, garantindo igualdade de oportunidade para todas as jovens portuguesas.

Quero agradecer à Comissão Técnica de Vacinação o excelente relatório que apresentou ao Governo e que nos permite tomar opções bem informadas e documentadas.

Esta vacina visa prevenir o cancro do colo do útero e outras doenças provocadas pelo VPH. O cancro do colo do útero continua a ser a segunda causa mais comum de cancro (depois do cancro da mama) entre as mulheres jovens (15-44 anos) na Europa. Portugal regista a maior incidência da doença entre os restantes países da União Europeia: cerca de 17 casos por cada 100 mil habitantes, com 900 novos casos por ano. Todos os anos morrem mais de 300 mulheres em Portugal com este tipo de cancro.

As infecções por VPH são muito comuns, estimando-se que mais de 70% das pessoas com uma vida sexual activa contraiam pelo menos uma infecção deste tipo. A esmagadora maioria das infecções é controlada pelo nosso sistema imunitário e quase inofensiva, mas cerca de 20% tornam-se crónicas e podem originar cancro, sobretudo se associadas a outros factores, como os genéticos ou adquiridos, como o tabagismo.

Como se trata de uma doença silenciosa, o rastreio deste tipo de cancro é fundamental, uma vez que, quando detectado no início, o tratamento pode ter uma taxa de sucesso de 100%. Temos de apelar ao rastreio, à prevenção, para que o despiste da doença seja rápido, permitindo actuar com eficácia no sentido da cura. A tendência poderá ser invertida com a vacina contra o VPH, mas não podemos baixar os braços na prevenção secundária, na fase adulta da mulher, através do exame citológico do colo do útero.


A opção pela inclusão da vacina no Programa Nacional de Vacinação e pela prevenção primária surge com a descoberta de duas vacinas, uma contra os subtipos de VPH 6 e 11 e outra contra os 16 e 18. Os estudos realizados demonstram serem 100% eficazes na prevenção de lesões pré-cancerígenas e adenocarcinomas não invasivos do colo do útero.

A estratégia proposta pela Comissão Técnica de Vacinação foi agora apresentada: (1) administrar a vacina a raparigas com 13 anos de idade, com início em 2008, para a coorte nascida em 1995; (2) realizar uma campanha de repescagem, entre 2009 e 2011, com vacinação da coorte de raparigas que completam os 17 anos no ano da campanha (coortes nascidas em 1992, 1993 e 1994); (3) a partir de 2012, passar a vacinar apenas uma coorte por ano.

A vantagem desta estratégia mista e mais abrangente resulta da vacinação, num curto espaço de tempo, das coortes que apresentam maior risco de infecção por VPH e que mais beneficiam com a vacinação. A opção de inserir a vacina no Programa Nacional de Vacinação, ao invés da comparticipação das vacinas disponíveis no mercado, prende-se com o facto de os jovens iniciarem a vida sexual cada vez mais cedo e a doença atingir mais mulheres entre os 25 e os 44 anos.

Permanece a questão do apoio às jovens fora da faixa etária cuja protecção agora se inicia e ainda antes do início da sua vida sexual. É uma matéria que está a ser estudada em todas as suas implicações. Oportunamente daremos conta de propostas para estes grupos.

Os benefícios de introduzir esta vacina no sistema de vacinação nacional irão incidir sobre as mulheres e as suas famílias durante várias gerações. Mas apesar das promessas trazidas pela vacinação, não há dúvidas de que esta deve ser acompanhada pela melhoria dos rastreios, sobretudo à mulher adulta, uma área onde há ainda muito a fazer. A prevenção é sempre melhor do que a cura e esta vacina vai evitar que muitas mulheres apanhem o vírus do Papiloma Humano, podendo vir a salvar muitas vidas daqui a alguns anos.
Apresentação do Relatório sobre a Vacina contra o Colo do Útero, Maternidade Dr. Alfredo da Costa, Lisboa - 10 de Dezembro de 2007


O Ministro da Saúde
António Correia de Campos